A região sul, devido a sua localização ao sul do Trópico de Capricórnio, possui um clima diferente de outras regiões do país. Além disso, o solo e a vegetação também sofrem variações e são diferentes da zona tropical.
É nessa região que se encontra o Arroio Chuí, com 66km de extensão, sendo um pequeno curso d'água, onde está localizado o ponto extremo do Sul do país.
É através da geografia do Sul do Brasil, uma área do conhecimento que trata das características geográficas, que são apresentados aspectos sobre o relevo, os principais rios que abastecem a região, o clima, a vegetação, dentre outros.
O relevo dessa região é bem diversificado e possui planícies, depressões e planaltos. O local mais alto se encontra no Paraná, o Pico Paraná, com cerca de 1922 metros de altitude. É dividido entre planalto Atlântico e Meridional, que possuem formações diferentes.
Conhecido também como planalto norte-rio-grandense, abrange grande parte da região com o solo recoberto por arenito e basalto. Pode ser subdividido de acordo com a natureza de suas rochas em:
Esse tipo de planalto pode ser encontrado especialmente nos estados de Santa Catarina e Paraná. Ele é formado por rochas cristalinas antigas. Em sua porção leste chega a alcançar grande altitudes, uma continuação da Serra do Mar. Em Santa Catarina, é uma planalto já desgastado, com baixas altitudes, sendo um exemplo, a Serra do Itajaí. Na parte sudeste desse estado, o planalto vai migrando para o Meridional e reaparece no sudeste do Rio Grande do Sul, com o nome de Planalto Gaúcho.
A vegetação do sul recebe influência do relevo, do solo e também do clima. As florestas da região sul podem ser divididas em: Floresta Atlântica, Floresta de Araucárias e a Floresta da Bacia do Paraná-Uruguai. A Floresta Atlântica pode ser avistada no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. Já as Florestas de Araucárias podem ser encontradas no interior dos estados e são exploradas pelos madeireiros. A Floresta do Uruguai se encontra próxima ao Rio Paraná.
Muito comum no Planalto Meridional, esse tipo de vegetação se tornou escassa com o grande uso da terra para extrativismo e agropecuária. A vegetação é aciculifoliada com madeira do tipo que é usada nas fábricas de papel e papelão. São encontradas principalmente na região sul com pouca incidência de flores nessa localidade. Desse tipo de mata pode-se extrair pinheiro-do-paraná, é uma árvore grande, podendo chegar a 30 metros de altura, usada em marcenaria e a erva-mate para fazer o chimarrão.
Também chamados de Campos Sulinos, Campos do Sul ou Pradarias, são áreas com vegetação composta por gramíneas, pequenos arbustos e capins. No Rio Grande do Sul, essas regiões aparecem como suaves colinas chamadas de coxilhas. Percorrem o território da Argentina e do Uruguai. São áreas próprias para criação de gado. São divididas entre altas, mistas e médias. Quando essa vegetação de gramíneas cobre todo o terreno são chamados de campos limpos. Já quando surgem arbustos são conhecidos como campos sujos. Eles cobrem os pampas no Rio Grande do Sul, e são chamados de Campanha Gaúcha.
Percorrendo o litoral da região, a vegetação é formada por manguezais. Há também a ocorrência de plantas rasteiras, conhecidas como jundu, em praias, restingas ou dunas; Em lagunas, surgem gramíneas chamadas de tabua ou taboa.
Quando o assunto é a hidrografia, a região sul é banhada pelas bacias hidrográficas do Uruguai, do Paraná e do Atlântico Sul. Estas podem ser classificadas em três regiões:
Os rios do sul são muito utilizados para irrigar terras para agricultura, gerar energia, abastecer as cidades e para navegação. Os principais são:
Os três estados brasileiros pertencentes à região Sul possuem as cidades turísticas mais frias do Brasil. O clima da região é subtropical, tipo de clima que está em transição entre o tropical, que ocorre na maior parte do país, e o temperado, na Argentina.
O relevo tem forte influência em regiões com maiores altitudes, como no caso de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. É por isso que há incidência de geadas, podendo, em casos extremos, nevar em algumas cidades. São nessas regiões que ocorrem também as chuvas de relevo (chuvas orográficas), quando massas de ar muito úmidas atingem áreas com montanhas ou com algum tipo de elevação.
Os ventos que atingem essas localidades costumam interferir no clima. Quando ocorrem durante o verão, recebem o nome de ventos alísios e vem do sudeste; Ainda, nessa estação do ano, a região passa pela influência das massas quentes, onde ocorre o aumento da temperatura e as chuvas de convecção, geralmente no fim de tarde, quando o vapor de água sobe durante a estação mais quente. Já no inverno, os ventos recebem o nome de minuano ou pampeiro e surgem de massas de ar do Polo Sul. As massas frias são uma das que mais influenciam a região, sendo responsáveis pela formação da neve.
Localizada abaixo do Trópico de Capricórnio, a região pertence a uma zona temperada com uma temperatura média entre 14º e 22ºC anualmente. Nas localidades com clima mais tranquilo, a vegetação predominante são as florestas de araucárias, mas também é possível encontrar pradarias e campos naturais, conhecidos como pampas.
O clima mais frio da região é apontado como um dos motivos para o grande número de imigrantes que foram para lá e que auxiliaram no crescimento da economia da região no século XIX.
Os tornados são um tipo de fenômeno da natureza que mais ocorrem na região sul. Eles se formam quando uma corrente de ar quente se encontra com uma frente fria, onde uma coluna de ar gira com velocidades que podem ultrapassar 400 km/h e são classificados através da escala Fujita. No estado do Rio Grande do Sul já foram registrados em Osório, Porto Alegre, Cruz Alta, Antônio Prado, São Francisco de Paula, dentre outros. Em Santa Catarina, já ocorreu nas cidades de Xanxerê e de São Joaquim. No Paraná, toda a área do litoral, além de outras áreas do estado correm riscos. Várias cidades do sudoeste do Paraná foram atingidas por um tornado em julho de 2015.